A Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) anunciou hoje em nota de imprensa a nomeação de Ana Manso, antiga administradora hospitalar e deputada do PSD, para presidir ao conselho de administração da ULS da Guarda.
Em declarações à Agência Lusa, José Biscaia considera "uma atitude eticamente indevida" e sem "um mínimo de educação" não ter sido informado de que já não seria nomeado para o lugar.Segundo conta, foi indigitado pessoalmente pelo ministro da Saúde, Paulo Macedo, a 21 de outubro: "O ministro escolheu-me. Não aceito, venha de um ministro, venha de quem vier, o facto de me ter convidado pessoalmente e em contraponto não ter feito a mesma coisa" para informar que "a escolha era inconsequente".
Admitiu que o facto de ser aposentado suscitou dúvidas, que, no entanto, diz ter esclarecido: "Não podia era acumular nenhum vencimento com a aposentação", regra a que diz já ter estado sujeito quando foi gestor público "durante 10 anos na Águas do Zêzere e Côa".
Para José Biscaia, "se havia alguma incompatibilidade" que o impedisse de exercer o cargo, "devia receber essa informação. Não quero admitir que tenha havido manobras de corredor que tenham influenciado a decisão do ministro".
Mas se não houver explicações, restará "a péssima impressão" de que "quem devia ter normas de conduta, não serve para gerir o País, porque não sabe lidar com as pessoas e as circunstâncias", sublinhou.
José Biscaia foi até 2009 presidente da Câmara de Manteigas, eleito pelo PSD, que hoje representa na vereação.
Agora, espera que "o conselho de administração da ULS da Guarda funcione bem, porque, acima das pessoas, o que está em causa são os serviços de saúde".
A Agência Lusa contactou Ana Manso, que não quis prestar declarações sobre o assunto, e o Ministério da Saúde, que remeteu esclarecimentos para mais tarde.
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