O presidente da autarquia refere que o programa de fixação de micro, pequenas e médias empresas deverá ser discutido brevemente pelo executivo municipal e adianta que se destina especificamente a jovens empresários com idades entre os 30 e 35 anos, até a um máximo de 15. Também o tipo de negócios a apoiar está balizado, sendo que o objetivo é cativar empresas ligadas à investigação, inovação, novas tecnologias e vocacionadas para a exportação. «É um subsídio que será atribuído ao quarto ano de atividade, com efeitos retroativos, até a um máximo de 15 trabalhadores e desde que os empregos criados perdurem durante cinco anos», especifica José Manuel Biscaia. Estas empresas beneficiarão ainda de um valor mínimo de IMI e não pagarão taxas municipais. Já os seus funcionários terão direito a um subsídio de residência para ajudar no pagamento das rendas de casa.
O presidente do município estima que este programa possa mobilizar «cerca de dois milhões de euros» do orçamento da Câmara e que, em consequência, vai «limitar os seus recursos financeiros» nos próximos anos. «Mas é dinheiro que vale a pena aplicar nesta medida», sustenta José Manuel Biscaia, para quem «o desemprego jovem em Manteigas e no país é aflitivo». Nesse sentido, o programa de fixação de micro, pequenas e médias empresas destina-se a todos os interessados e não apenas aos manteiguenses. «Já temos apoios para fixação de empresas, que surtiram algum efeito e levaram à criação de novos negócios na antiga Sotave, mas esta é uma última oportunidade para os jovens empresários», declara.
O edil afirma que Manteigas tem assistido a «um autêntico descalabro demográfico», pois só no ano passado morreram cerca de 30 pessoas e houve apenas quatro nascimentos. «Estes números numa comunidade com pouco mais de 3.000 habitantes, a maior parte dos quais com 65 e mais anos, são uma tragédia», alerta o autarca, que espera que o executivo aprove este programa. Quanto ao êxito da medida, José Manuel Biscaia diz-se otimista porque «na região não há falta de “know-how” e de potenciais candidatos», aludindo aos licenciados na UBI e no IPG. Contudo, reconhece que «o nosso ensino está formatado para formar funcionários e não empresários, pelo que é preciso mudar para se ensinar o empreendedorismo», defende.
In www.ointerior.pt/
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