Na missiva, o Presidente da autarquia refere que “a estação dos CTT de Manteigas é a única que serve a área geográfica do concelho e a totalidade dos habitantes”. Para Esmeraldo Carvalhinho “os CTT, alvo do processo de privatização ocorrido, completamente errado e oposto ao interesse do País, prestam um serviço público, concessionado pelo Estado, que tem de ter um carácter universal e de concretização de acordo com elevados padrões de qualidade”. E acrescenta que “esse serviço público prestado pelos Correios deve cumprir uma lógica de proximidade à população, ter em conta as efectivas necessidades dos utentes e contribuir para o desenvolvimento em todo o território nacional e, logo, em cada um dos concelhos”.
Esmeraldo Carvalhinho considera que no concelho de Manteigas “não existem alternativas que garantam a prestação completa dos serviços actualmente prestados, nomeadamente ao grupo da população mais idosa e vulnerável”.
“Os Correios não são um negócio, são um instrumento insubstituível para a coesão social, económica e territorial do nosso país”, argumenta o autarca, que considera que é ao Estado que “cabe a responsabilidade de garantir que os serviços postais são assegurados em igualdade de circunstâncias a todos os cidadãos sem descriminação de qualquer espécie”.
No ofício, o autarca dá conta de que a Câmara Municipal de Manteigas, reunida em 1 de Julho de 2018, decidiu “exigir à administração dos CTT que reverta a intenção de encerramento da estação de Manteigas” e “exigir ao Governo que intervenha neste processo, impondo o cumprimento dos princípios de universalidade e de proximidade que estão na base do contrato de concessão do serviço público que os CTT devem respeitar”.
O município pede ainda ao governo que “reverta o processo de privatização dos CTT”.
Desta decisão da Câmara Municipal de Manteigas foi ainda dado conhecimento ao Presidente da República, aos Grupos Parlamentares com assento na Assembleia da República, ao Ministro do Planeamento e das Infra-estruturas e à Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela.
in http://www.jornalaguarda.com
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