29.7.18

Remodelação do Lar de Idosos custa 1,7 milhões de euros

A Mesa Administrativa da Santa Casa da Misericórdia de Manteigas tem como “grande sonho” requalificar o edifício do Lar de Idosos, estando as obras orçadas em 1,7 milhões de euros. O seu provedor, Joaquim Domingos, disse ao Jornal A GUARDA que o edifício “já cumpriu e bem a sua missão” e é preciso adaptá-lo às exigências actuais. “Estas instalações já não respondem. Já tiveram o seu tempo e bem”, disse, referindo que é necessário fazer obras para adaptar o edifício “às necessidades dos utentes” e cumprir a legislação em vigor. A Santa Casa tem o projecto de arquitectura já aprovado pela Câmara Municipal de Manteigas e necessita de reunir fundos financeiros para a sua execução. Joaquim Domingos adiantou que a instituição já submeteu uma candidatura ao apoio ao investimento em infra-estruturas e equipamentos sociais Portugal 2020/Centro, no valor de 997.046,17 euros. Para o restante capital em falta tem ainda oportunidade de captar fundos financeiros através do PQCAPI - Qualificação das Comunidades Amigas das Pessoas Idosas, ou através do IFRRU - Instrumento Financeiro de Reabilitação e Revitalização Urbanas, dois programas liderados e protocolados pela União das Misericórdias Portuguesas que são financiados em 50% através de linhas específicas e os restantes 50% através de bancos seleccionados. O provedor tem esperança que a candidatura ao Portugal 2020 seja aprovada, pois a requalificação do Lar de Idosos de Manteigas está dependente dessa mesma aprovação. Quando tal acontecer, como o projecto de arquitectura está aprovado pela autarquia, o concurso público será organizado e depois cumpridas todas as formalidades para a obra começar no terreno. 
O Lar de Idosos da Santa Casa da Misericórdia de Manteigas foi inaugurado no dia 14 de Novembro de 1971 pelo Ministro das Corporações e Previdência Social e da Saúde e Assistência, Baltazar Rebelo de Sousa, pai do Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa. Tem uma capacidade de 60 camas, sendo 49 protocoladas com a Segurança Social e dessas 49 cinco são da reserva da Segurança Social. A Santa Casa gere ainda 11 camas privadas, que têm uma grande procura. O provedor explicou que entre 70 a 80% dos utentes do Lar são do concelho de Manteigas e “uma boa parte” dos restantes são da zona da Covilhã. 
O lar de Idosos tem uma lista de espera de 46 pessoas para as camas protocoladas com a Segurança Social. A Santa Casa tem também apostado no Apoio Domiciliário, incluindo ao nível da Fisioterapia, tendo adquirido recentemente uma carrinha. “Neste momento também já estamos a apoiar os utentes com uma Psicóloga. Já está a ir à casa das famílias para conversar com elas e detectar algum problema”, disse. Sublinhou que a grande aposta da instituição “vai ser o Apoio Domiciliário para libertar um pouco o sistema de internamento”. 
A instituição tem também a funcionar uma UCCI - Unidade de Cuidados Continuados Integrados. “A Unidade arrancou muito bem e só não está a funcionar a 100% porque há aquele período em que o utente sai e o outro demora dois ou três dias, mas a ocupação é uma constante”, disse. Neste caso, segundo o responsável, 50% dos utentes são do concelho de Manteigas e os restantes das zonas da Guarda e da Covilhã.

in http://www.jornalaguarda.com

19.7.18

Neve na Serra da Estrela em pleno verão

É uma paisagem invulgar quando estamos em Julho, em pleno Verão, mas a Serra da Estrela voltou a cobrir-se de branco no domingo, depois da queda de uma tempestade de granizo. O fenómeno surpreendeu os locais e está também a surpreender os utilizadores das redes sociais, confrontados com as imagens do sucedido. O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) explica, através das palavras de Vânia Lopes em declarações ao Diário de Notícias, que o fenómeno meteorológico se deve à posição atual do anticiclone dos Açores que leva a uma situação de instabilidade em Portugal Continental. “Com o anticiclone dos Açores muito recuado em relação ao que é a sua posição normal”, fica “incapaz de funcionar como bloqueio à passagem de depressões e superfícies frontais”, explica ainda Vânia Lopes. “O fenómeno é raro, mas não é inédito”, acrescenta Cristina Simões do IPMA, em declarações à TVI, notando que “acontece por causa da depressão que está afetar o país”. “A instabilidade provocou queda de granizo e trovoada nas regiões Norte e Centro”, sublinhou. Esta meteorologista conclui que podemos “dizer que ainda estamos na ‘transição da primavera’”. 
in www.mundoportugues.pt